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O significado de ser comunista e falsa divergência entre “estudar o Brasil” e “estudar marxismo”

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  Na internet, uma discussão comum que vejo nas comunidades de esquerda, ainda mais com a ascensão de certos “produtores de conteúdo” autointitulados comunistas, é a respeito da necessidade de se estudar ou não Marx para dizer-se comunista. Ou ainda, baseado nos comentários de Jones Manoel, dirigente do PCBR, sobre uma maior necessidade de “saber de Brasil” em detrimento do “dogmático” e “academicista” estudo dos textos clássicos do cânone marxista, como se essas coisas fossem separadas.  A impressão gerada por esses comentários é que a simples sensação de simpatia às ideias postas por estes criadores e sua visão de comunismo já são suficientes para alguém se considerar ume. Muitos desses comentários também sugerem que falta "ação prática" do movimento comunista e que se faz debates teóricos demais entre comunistas. Surgem então, a partir dessas percepções, pessoas que dizem com orgulho não terem qualquer estudo teórico, afirmando que o mesmo não ...

Uma análise da recente luta pela redução da jornada de trabalho

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Introdução:  Como alguém que vem participando ativamente da pauta do fim da escala 6x1 e da luta pela redução da jornada de trabalho, acredito que é extremamente necessário analisar de maneira minuciosa as atitudes dos principais agentes políticos envolvidos com a causa nesse último ano. Minha perspectiva de análise vem principalmente da minha experiência pessoal de luta em Belo Horizonte. A luta pelo fim da escala 6x1 vem de um contexto onde há bastante tempo não víamos uma pauta propositiva sendo tão apoiada publicamente, mesmo que de forma ainda muito incipiente. A última campanha massiva pela redução da jornada de trabalho foi durante as greves de 85, cujo objetivo era a redução da jornada para 40 horas semanais. Sabemos que a conquista foi parcial, pois desde a constituinte de 1988 o limite expresso pela CLT é de 44 horas, dando continuidade a escala de seis dias de trabalho e um de descanso.  Em outubro de 2023, a partir de um desabafo nas redes sociais, o jovem trabalha...

Introdução

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Há muitos anos venho matutando a ideia de possuir um blog pessoal. Ou pelo menos ter um local onde eu possa escrever meus pensamentos de maneira aprofundada, ou só falar um monte de bobajada sem compromisso.  Eu, como um bom (ou não) comunista, gosto de falar pelos cotovelos sobre política e criticar todas aquelas pessoas que fazem parte do dito debate público. Entretanto, minha razão original para se ter um blog era para falar do meu querido hobby de jogar dadinhos estranhos e percorrer calabouços cinzentos interpretando hominhos de faz de conta. Seja falando de teoria revolucionária ou de RPG, uma palavra vem em mente: CLASSE! Estou lançando ao mundo, a partir deste texto, o blog Antagonismo de Classe. Meu espaço pessoal onde este que vus fala irá comentar sobre política e RPG de vez em nunca... Quem sabe essa milésima tentativa de constituir um blog dê certo no fim das contas (risos). Até breve!